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  Das certezas breves, uma: Não me desculpo por quem eu sou. Desconfio. Até canso de mim às vezes, Mas, não me desculpo. Cada dia mais desinteressante, E principalmente, mais desinteressada. Ninguém vai me dar o fôlego, Ninguém devolve o que entrego. Estou empobrecida. Cada vez mais desconfiada, De que estou empobrecida. Que não valho, Ainda assim, Não me desculpo. Não vou pra casa chorar por isso, Nem choro na rua. Eu fico sendo enquanto posso, Porque por ora, Não consigo ser outra coisa. De todo modo, Assim sendo, Não me desculpo.

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